No dia
5 de Outubro de 1910 deixámos de ser governados por uma monarquia, nesse dia nasceu a República.
O fim da Monarquia A queda da Monarquia já era de esperar. Dois anos antes D. Carlos e D. Luíz Filipe haviam sido assassinados por activistas republicanos. O reinado de D. Manuel II tentou apaziguar a vida do país sem sucesso. Foi um reinado fraco e inexperiente.
O nascimento da República
Nos dias 4 e 5 de Outubro de 1910 alguns militares da Marinha e do Exército iniciaram uma revolta nas guarnições de Lisboa, com o objectivo de derrubar a Monarquia. Juntamente com os militares estiveram a Carbonária e as estruturas do PRP (Partido Republicano Português). Na tarde desse dia, José Relvas, em nome do Directório do PRP, proclamou a República à varanda da Câmara Municipal de Lisboa. No dia 6, o novo regime foi proclamado no Porto e, nos dias seguintes, no resto do país.
Apesar de o 5 de Outubro não ter sido uma verdadeira revolução popular, mas sobretudo um golpe de estado centrado em Lisboa, a nova situação acabou por ser aceite no país e poucos acreditaram na possibilidade dum regresso à Monarquia.
Foi constituído um governo provisório do qual Joaquim Teófilo Braga foi o Presidente e posteriormente, em 1911, foi eleito o Dr. Manuel de Arriaga como primeiro Presidente da República.
À monarquia seguiu-se um período de democracia republicana, caracterizado por forte instabilidade política, conflitos com a Igreja, mas também grandes progressos na educação pública.
Os 3 ciclos da República
Com a proclamação da República, são escolhidos os novos símbolos nacionais e é aprovada, em 1911, a nova Constituição. Estão então reunidas as condições para a eleição do primeiro Presidente da República inaugurando-se o primeiro ciclo institucional da República portuguesa: a Primeira República. A chamada I República Portuguesa terminou em 1926, com o golpe de 28 de Maio, a que se seguiram muitos anos de ditadura.
São três os ciclos institucionais da República portuguesa: a Primeira República (1910-1926), a Ditadura (1926-1974) e a Democracia (1974-...).
Os Símbolos Nacionais
A implantação da República levou à substituição da bandeira nacional, do hino e da moeda, que se passou a chamar escudo (hoje substituída pelo €uro).
Bandeira. As cores verde e vermelho significam, respectivamente, a esperança e o sangue dos heróis. A esfera armilar simboliza os Descobrimentos, os sete castelos representam os primeiros castelos conquistados por D. Afonso Henriques, as cinco quinas significam os cinco reis mouros vencidos por este Rei e, finalmente, os cinco pontos em cada uma as cinco chagas de Cristo.
A Portuguesa, composição de Alfredo Keil, tornou-se o hino nacional de Portugal.